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Daniel Oliveira
Autor, Fundador/Blog

Erliquiose Canina: Conheça a temida doença do carrapato.

Blog Doenças
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Os carrapatos podem transmitir a erliquiose canina, uma doença perigosa. Conheça suas origens, sintomas e como proteger seu cão.

Os carrapatos são parasitas comuns em cães, mas muitos tutores subestimam os riscos associados a esses pequenos insetos.

Enquanto algumas pessoas acreditam que os carrapatos podem apenas causar coceira e reações alérgicas leves, a verdade é que esses parasitas podem transmitir doenças graves, como a erliquiose canina.

Neste artigo, exploraremos em detalhes essa doença, suas causas, sintomas, fases, diagnóstico, tratamento e medidas de prevenção.

Erliquiose Canina: A doença do carrapato.

A erliquiose canina, mais conhecida como a doença do carrapato, é uma enfermidade grave transmitida por carrapatos, especificamente pelo Rhipicephalus sanguineus, conhecido como carrapato marrom.

Essa doença é causada pela bactéria Ehrlichia, que é transmitida quando um carrapato pica um cão já parasitado e, subsequentemente, pica outro cão saudável, transmitindo a infecção.

Mecanismo da doença.

Uma vez infectado, o organismo do cão é invadido pela bactéria Ehrlichia. Essa bactéria se replica nas células de defesa, como os glóbulos brancos, presentes nos linfonodos, baço e medula óssea. Esse processo de replicação resulta na destruição dessas células, incluindo as hemácias (glóbulos vermelhos) e as plaquetas.

Isso tem um impacto significativo no sistema imunológico e na capacidade de cicatrização do cão, o que leva a uma série de complicações graves.

Fases e sintomas da doença.

A erliquiose canina possui diferentes fases e sintomas que variam de acordo com a gravidade da infecção e a resposta do organismo do cão.

Fase aguda da erliquiose.

Após a picada do carrapato infectado, há um período de incubação durante o qual a bactéria se multiplica. Nesse estágio inicial, os sintomas podem ser leves e inespecíficos, incluindo apatia, sangramentos pontuais e perda de apetite. No entanto, exames de sangue já podem indicar uma redução no número de células de defesa.

Com o tempo, se o sistema imunológico do cão não conseguir combater a infecção, os sintomas da fase aguda se tornam mais evidentes.

Os sinais incluem febre, fraqueza intensa, falta de apetite, manchas avermelhadas na pele, sangramento na urina e pelas narinas, e até mesmo alterações oculares e neurológicas devido aos sangramentos.

Fase subclínica da doença.

Após o tratamento da fase aguda, o cão entra na fase subclínica da erliquiose.

Nessa fase, os sintomas diminuem, mas a bactéria permanece no organismo, com altos níveis de anticorpos. Isso pode levar a alterações nos exames de sangue ao longo de anos, embora as manifestações clínicas não sejam evidentes.

Fase crônica da enfermidade.

Na fase crônica, os sintomas da fase aguda podem retornar de forma atenuada. Infecções secundárias podem surgir devido à fraqueza do sistema imunológico, e o comprometimento da medula óssea leva a problemas como anemia e baixa contagem de plaquetas.

Imunocomplexos depositados em órgãos podem causar problemas renais, artrites e outros problemas graves.

Prevenção e Tratamento

A erliquiose canina é uma doença grave, mas é possível prevenir e tratar.

Prevenção.

Não há vacina contra a erliquiose canina, mas é essencial combater os carrapatos:

- Use produtos antiparasitários adequados para o tamanho do animal e observe a validade.

- Realize dedetização regular nos ambientes frequentados pelo cão.

- Reforce os cuidados no verão e durante viagens, combinando diferentes métodos de controle de ectoparasitas.

Diagnóstico e Tratamento.

Um diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Informar ao veterinário sobre a exposição do cão a carrapatos pode ajudar no diagnóstico. Testes sorológicos podem identificar a doença mesmo na fase subclínica.

O tratamento envolve o uso de antibióticos e, em alguns casos, transfusão de sangue.

Conclusão.

A erliquiose canina é uma doença grave transmitida por carrapatos que pode ter efeitos devastadores na saúde do cão. A prevenção é a melhor abordagem, com foco na eliminação de carrapatos e na conscientização sobre os riscos.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para a recuperação dos cães afetados. Portanto, é fundamental que os tutores estejam atentos aos sinais da erliquiose canina e tomem medidas proativas para proteger seus amados companheiros de quatro patas.

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